domingo, 6 de março de 2011

“DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA PROFISSÃO DOCENTE NO BRASIL CONTEMPORÂNEO”

A função social da educação e o papel do educador. Principais problemas que afetam a profissão docente na atualidade.

Preparar para o trabalho não significa formar mão-de-obra para o mercado. Sem dúvida essa é uma das funções da escola, mais reduzi-la a isso é sucumbir a um imediatismo imobilizante e empobrecedor (Aranha apud Cruz).
Um grande desafio de desenvolvimento tem sido sob três processos: o crescimento econômico, social e ecológico. No Brasil, o desenvolvimento sustentável tem tido grande fragilidade, os resultados econômicos não tem sido dos melhores, a fome, o desemprego, exclusão social à saúde, à habitação.
A questão da educação brasileira não tem sido diferente, é preciso criar condições para os docentes, analisar politicamente soluções dos problemas educacionais e investir na qualificação do professor. Este que muitas vezes acumula vários empregos, dando aulas em várias escolas sem tempo para sua qualificação.
A má remuneração é outro fator e a falta de professores por consequências. Diante disto, o professor não tem condições de se especializar, não tem incentivo, motivação, assim temos a má qualidade da educação pública.
O professor é alvo de análises e pesquisas em vários estudos. Para Cunha (2009) faz parte do senso comum que o professor possua um saber que lhe é próprio, esse saber possui duas direções: o domínio do conteúdo de ensino e o domínio das ciências de educação que lhe permitirão compreender e realizar o processo pedagógico.
O educador deve trazer para a sala de aula temas diferenciados a realidade social do aluno, mostrar características da sociedade que interferem no seu cotidiano e sua vida. Sempre vincular os conteúdos disciplinares com o cotidiano proporcionando melhores condições para que o aluno compreenda sua realidade e tenha um melhor aprendizado.
Estabelecer o papel do professor em sala de aula a atenção as especificidades de cada aluno, que reflete a sociedade em que vive. O professor deve conjugar o aprendizado continuado com constante atualização e especialização. Apesar da realidade educacional precária, o educador deve lembrar que seu trabalho é apenas o primeiro passo de um longo processo chamado desenvolvimento social.
“Para continuar a sua própria reinvenção, o professor precisa olhar a realidade da vida, dando atenção aos contextos, às oportunidades e a tudo o que possa facilitar seu crescimento”. (Werneck, 2008, p.5).
O professor e a ética – Terezinha Rios

O respeito esta relacionado com o reconhecimento que você tem com os outros, com outros dos direitos que cada um tem e o que se percebe é que isso não é levado em consideração nas relações por causa da hierarquia e atitudes autoritárias e ofensas entre as crianças e adolescentes, pelo desprezo da presença de alguém que é diferente, que não é do mesmo grupo, não tem a mesma cor, não mora no mesmo bairro, etc. E dependendo de como os professores reagem diante destas atitudes, eles demonstram que tão longe de estar seguindo esses princípios. A indisciplina é confundida como rompimento das regras, sair da linha, é preciso ter clareza, o que é esse bom aluno, uma boa aula. Para uns a boa aula é a que decorre num silêncio, o bom aluno é o que não questiona, não faz perguntas. Por outro lado eu posso ter uma aula com intensa movimentação e inteiramente disciplinada, a escola é um corpo em movimento. Não é um corpo passivo. A atitude filosófica, é a critica que deveria estar presente na formação inicial do professor e na formação continuada.

Figura do professor com as linhas tradicionais da Sociologia da Educação.

 Para Durkheim a formação do individuo capaz de desempenhar sua função na sociedade e manter a harmonia social cabia ao professor em transmitir as regras de comportamento. A criança estaria pronta para assimilar conhecimentos e o professor preparado para transmitir os conteúdos.
Para Piaget quatro estágios do desenvolvimento cognitivo. O primeiro vai até os 2 anos, fase que as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta.
O estágio pré-operacional dos 2 aos 7 anos, se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda não é capaz de se colocar no lugar de outra pessoa.
O estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 anos, tem como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número.
Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais, fase que marca a entrada na idade adulta. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses.


Bibliografia

Ribeiro, Arilda Inês Miranda. Menin, Ana Maria da Costa Santos. Formação do gestor educacional - Necessidades da ação coletiva e democrática
Acesso 30/03/2010
Acesso em 30/03/2010: Cruz, Francisca de Oliveira. Reflexões sobre a função social da educação na formação de gestores públicos brasileiros, 2003.
Cunha, Maria Isabel. O Bom Professor e sua Prática. São Paulo, Papirus, 2009.
Werneck, Hamilton. Professor: agente da transformação. Rio de Janeiro, Wak, 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário